terça-feira, 16 de novembro de 2010

divagando no morro

Lorena numa Tarde paulista!

Era tarde quando conheci Lorena. Seu primeiro aspecto era diferente das outras garotas do suburbio paulista. Parecia que era mais uma daquelas garotas que perdem a tarde nas calçadas ao olhar os pedestres e passageiros dos onibus lotados. Sua vocação nao estava nas letras ou mesmo nos números. gostava mesmo era de sentir como os seus cabelos amarelados caiam com o passar das horas a fio a penteá-los sem muita insistência ou métrica. Realmente, para Lorena cabelo nunca foi problema, tornou-se quando seus fios foram perdendo a cor amarelada, caindo para um louro desbotado do sol frio paulista. Ela precisava falar com alguém sobre isso. Escolheu a mim. Ledo engano. Nunca fui bom com toda essa parafernália de cosméticos que teimam em obstruir a entrada do porão. Com o correr dos dias Lorena ia aceitando sua nova cor, nao tinha mais o mesmo entusiasmo de passar horas a fio na penteadeira. Tinha um certo prazer estético a olhar-se sobre o espelho. Beleza realmente nao era seu traço mais marcante, porém se via uma força que a diferenciava das outras garotas do suburbio paulista.

5 comentários:

Raquel G. Mesquita. disse...

hummm, gostei!
inclusive, me identifiquei com essa lorena ;)

fios perdendo a cor e ficando de uma tonalidade queimada como palha d milho verde.. ohh modernidade, quantos probremas!!!

:)

:*

MANUAL BENFIQUIANO disse...

ai.

sao histórias meio sem pé nem cabeça nem nada e que surgem nos momentos e horários mais improváveis possíveis

EMILSON LOPEZ disse...

Eu gostei! Achei vanguarda! hehe! Tah ótimo! É um conto minimalista! Continue! o/

Raquel disse...

nao existe mais gênero literário! tua escrita é super contemporana, meio sem pé nem cabeça, conto, carta, poesia: super tendência!

MANUAL BENFIQUIANO disse...

ai gente. fico tao feliz qdo vcs comentam! e obrigado pelos post povo!
o que uma cabecinha confusa as 5 da manha nao produz hein?