Lorena numa Tarde paulista!
Era tarde quando conheci Lorena. Seu primeiro aspecto era diferente das outras garotas do suburbio paulista. Parecia que era mais uma daquelas garotas que perdem a tarde nas calçadas ao olhar os pedestres e passageiros dos onibus lotados. Sua vocação nao estava nas letras ou mesmo nos números. gostava mesmo era de sentir como os seus cabelos amarelados caiam com o passar das horas a fio a penteá-los sem muita insistência ou métrica. Realmente, para Lorena cabelo nunca foi problema, tornou-se quando seus fios foram perdendo a cor amarelada, caindo para um louro desbotado do sol frio paulista. Ela precisava falar com alguém sobre isso. Escolheu a mim. Ledo engano. Nunca fui bom com toda essa parafernália de cosméticos que teimam em obstruir a entrada do porão. Com o correr dos dias Lorena ia aceitando sua nova cor, nao tinha mais o mesmo entusiasmo de passar horas a fio na penteadeira. Tinha um certo prazer estético a olhar-se sobre o espelho. Beleza realmente nao era seu traço mais marcante, porém se via uma força que a diferenciava das outras garotas do suburbio paulista.
5 comentários:
hummm, gostei!
inclusive, me identifiquei com essa lorena ;)
fios perdendo a cor e ficando de uma tonalidade queimada como palha d milho verde.. ohh modernidade, quantos probremas!!!
:)
:*
ai.
sao histórias meio sem pé nem cabeça nem nada e que surgem nos momentos e horários mais improváveis possíveis
Eu gostei! Achei vanguarda! hehe! Tah ótimo! É um conto minimalista! Continue! o/
nao existe mais gênero literário! tua escrita é super contemporana, meio sem pé nem cabeça, conto, carta, poesia: super tendência!
ai gente. fico tao feliz qdo vcs comentam! e obrigado pelos post povo!
o que uma cabecinha confusa as 5 da manha nao produz hein?
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